Depois que drenaram as Cataratas do Niágara em 1969, observadores fizeram uma descoberta de revirar o estômago

Um novo mundo

Como trabalho bom é trabalho bem feito, a equipe da USACE já aproveitou o momento para se precaver de problemas futuros com relação as cataratas do lado americano. A experiência de desvio da água durou seis horas, após esse período o desvio foi interrompido e água voltou ao seu curso normal, esse experimento, porém, deu aos engenheiros muitas ideias que poderiam ser aplicadas no futuro…

Criando um conselho

Passados dois anos dessa mega operação para salvar o local, o IJC deu início ao American Falls International Board, um conselho que ficaria de olho nas ameaças que eventualmente poderiam surgir e ajudariam a resolvê-la o mais rápido possível. Esse mesmo conselho se deu conta de um problema gravíssimo, para resolver de uma vez por todas o problema da erosão, precisariam de uma abordagem super ousada.

É mesmo necessário?

Por fim, após debates e avaliações, perceberam que essa tarefa teria que ser realizada, e ela ficou a cargo dos engenheiros da USACE. Dito isso, eles precisariam de um plano, pois da vez que tentaram conseguiram mover 25% do fluxo da água, dessa vez precisariam de uma medida ainda mais ousada e superior. Para tanto, a equipe em um trabalho conjunto pensou em uma espécie de contenção que mais parece uma barragem. Mas, será que daria certo?

Uma contenção difícil

Essa tarefa seria um desafio, pois em uma barragem normal a tarefa já é difícil, mas ainda assim mais simples pois eles precisam conter apenas uma seção do local, no caso das Cataratas do Niágara seria ainda mais complexo, pois além de conter uma extensão grande de água, teriam que conter a forte corrente.

Imagine residir com essa vista

A USACE fechou um contrato de quase meio milhão de dólares com a Albert Elia Construction Company, para realizar o manejo das águas e obras do local. Com a realização de obras e manejo do local, daqui a uns anos, as futuras gerações não mais encontrarão as paisagens do jeito que vemos hoje. Pois não somente a atuação do tempo, a atuação humana é uma das principais culpadas pela deterioração de alguns locais.

Uma água cristalina

Enquanto realizava o trabalho hercúleo a Albert Elia Construction Company também foi designada para realizar a limpeza das águas, além disso a equipe foi orientada a conter qualquer detrito de pedras soltas na superfície e realizar um trabalho de Anteriorenção pensando no futuro.

Medida de segurança

Depois de resolvidos os trâmites em 9 de junho de 1969, iniciou-se a mega operação. Mas uma coisa é a teoria a outra é a prática, quando começaram a construção da barragem de fato, se deram conta de um enorme problema, a furiosa corrente de água que dava beleza ao local, também atrapalhava a construção. No final, devido ao problema os engenheiros decidiram fazer a ligação da Ilha Goat ao continente, através de uma linha de vida ligando os dois.

Uma salvação

Essa linha de vida protegeria o trabalhador que por um infortúnio acabasse escorrendo e caindo do local da construção. Ela era necessária, mas a equipe torcia para que não precisasse ser utilizada. Quando o trabalho foi iniciado, a equipe trabalhou com muito cuidado e atenção e felizmente a linha não precisou ser utilizada. E depois de três, foi possível começar a ver a barragem tomar forma.

O trabalho continua

Mesmo com todos os preparativos prontos e as providências tomadas o trabalho ainda era difícil e exigente. Ao longo da construção milhares de caminhões trabalhariam sem parar transportando material necessário para a obra e no final foi utilizada quase vinte e oito mil toneladas de material. Mas enfim, a construção estava tomando forma.

O dia em que a água parou

Depois de um longo período de trabalho e muita dedicação, em 12 de junho de 1969 a última brecha da barragem foi fechada e finalmente o trabalho foi concluído. Com uma extensão do continente até a Ilha Goat, a construção foi um marco e algo surreal até o momento, em mais de doze mil anos depois da sua descoberta, as águas das Cataratas do Niágara foram interrompidas.

E o turismo?

Essa pergunta feita pelos cidadãos da região é super válida, afinal eles sobrevivem do turismo dos visitantes que vão para lá para ver as belas águas das cataratas, sem essas águas, como ficaria o turismo e manutenção da economia local? Assim, o temor dos moradores era válido.

Persistência

Mesmo com a grande redução das águas das cataratas em 1969, muitos visitantes persistiram e foram até o local. Os que fizeram isso foram beneficiados com uma linda vista, bem como puderam acompanhar de perto a redução da água e conforme a água ia reduzindo, um verdadeiro tesouro apareceu sob a terra. Acontece que com o fluxo de água baixo, várias moedas ficaram visíveis e os visitantes aproveitaram para pegá-las e levá-las como souvenires.

A curiosidade mata o gato?

Uma curiosidade é que vários visitantes foram lá de fato para ver a redução das águas das cataratas, pois dias depois do sucesso redutor da USACE, várias pessoas se dirigiram ao local para ver como ficou a obra e o local. Há relatos de que alguns corajosos ousaram até mesmo a dar uns passos pelo leito do rio já seco. E você teria coragem de fazer isso?

Encontrando a morte

Nem tudo na obra foi um mar de rosas, um fato avassalador percorreu o local. Acontece que quando foi realizada a barragem e esta segurou as águas das cataratas, a seca que se instalou trouxe a tona o esqueleto de duas pessoas, sendo um deles um homem e o outro de uma mulher. Fato triste e aterrador para os que lá estavam. Como será que foram parar ali?

Tragédia

Há relatos de que o homem que faleceu havia pulado nas águas antes delas terem secado. Quando estas secaram revelaram seu corpo sem vida. Os que lá estavam chegaram até mesmo a achar que o jovem encontrado, fazia parte da equipe de construção e que teria morrido em um trágico acidente, mas perceberam que algo nessa história não se encaixava…

As buscas

Com a descoberta do corpo, policiais não demoraram a descer e realizar buscas no local, o que não foi uma tarefa complicada como seria, pois o rio já estava seco, devido as barragens. Entretanto, dizem que quando os policiais deram início as buscas encontraram algo ainda mais sombrio no caminho…

Era mais um?

Ao investigarem em busca de detalhes do caso, os policiais se debateram com um corpo de uma mulher dessa vez, porém no caso dela o corpo estava bem mais decompublicaro, indicando que possivelmente ela havia passado mais tempo na água. Mas quem era ela? Como tinha ido para ali? O que aconteceu? Essas e outras perguntas rodeavam a mente dos moradores locais.

Fatídico fim

Infelizmente, mesmo com todo o trabalho incansável das forças policiais, não foi possível descobrir a identidade da mulher. A polícia ordenou que uma autópsia fosse realizada. Mas mesmo assim, a mulher não pôde ser identificada. Porém, para deixar a história ainda mais trágica, no corpo da mulher encontrada morta encontram sua aliança, que estava com uma gravação escrita: “não se esqueça de mim”.

Tudo sempre acaba

Apesar da descoberta dos dois corpos terem chocado a região, os dois não identificados não foram os únicos a morrerem ali e nem seriam os últimos. A beleza das Cataratas do Niágara é grande, mas sua força também é. As autoridades estimam que ocorram cerca de quarenta mortes por ano naquelas águas, involuntárias ou não. O que de fato é uma tragédia considerando a beleza do local.

Beleza arriscada

As autoridades estimam que boa parte dessas mortes sejam suicídio, mas há também aqueles que querem se arriscar a mergulhar naquelas águas misteriosas e bonitas. E assim, desde 1829 um bando de aventureiros resolvem arriscar suas vidas em algo que eles chamam de “mergulho da morte”, o que fato acontece pois alguns acabam morrendo na queda.

Pulando para a morte

Entre os tantos aventureiros que se arriscam no mergulho belo e mortal das cataratas, está uma professora chamada Annie Edson Taylor, de 63 anos, que em 1901 não só se arriscou, como sobreviveu a queda, ao pular as cataratas dentro de um barril de madeira. Dizem que quando Annie saiu de seu mergulho ela gritou para todos ouvirem “Ninguém deveria fazer isso de novo.”. Porém, ao que indica ninguém ouviu o conselho de Annie, já que todo ano alguém se arrisca a pular.