Qual mergulhador subaquático que nunca sonhou em desbravar os mistérios do oceano e encontrar um tesouro incrível esquecido no tempo? Pois foi exatamente o que aconteceu com Brandi Mueller. Ao longo da sua carreira Brandi sempre havia descoberto lugares bonitos e registrado fotos incríveis, mas ainda não tinha realizado seu sonho de localizar um tesouro ou descobrir destroços perdidos. Com o passar do tempo ela achou que nunca encontraria algo assim, e se conformou com a ideia, até um belo dia…
Se você não acredita em destino, talvez seja o momento de começar a reavaliar, pois em um dia em que teria que realizar uma viagem normal para a Ilhas Marshall, tudo mudou na vida de Brandi. Ela foi realizar um mergulho diurno e acabou mudando todo o curso de sua vida. Aquela frase de que a vida inteira pode mudar em um segundo, nunca foi tão real para Brandi. Ao mergulhar para observar mais de perto, acabou quase por acaso tropeçando na descoberta de sua vida. Ter o sonho de encontrar algo é uma coisa, de fato encontrar é outra.
Sonho de uma vida
Desde pequena, enquanto crescia em Cameron, Wisconsin, Mueller sempre foi aficionada por mergulhar em oceanos e fotografar tudo que encontrasse. O sonho de criança, tornou-se a profissão de uma mulher adulta, aos 15 anos Brandi aprendeu a mergulhar e já mostrava indícios de ser uma mergulhadora talentosa. “Aprendi a mergulhar na Nova Zelândia quando tinha 15 anos como estudante de intercâmbio (o vírus das viagens me atingiu cedo)”, disse Mueller recentemente.
Apesar de adorar mergulhar, como qualquer outra pessoa em outras áreas Brandi sempre sonhou em se destacar, em fazer uma descoberta que a colocaria na história para sempre. E mal sabia ela que esse dia chegaria mais rápido do que esperava. Afinal, quem não quer receber notoriedade na área que ama?
Servindo com bravura seu país
Como era apaixonada pelos oceanos Brandi se inscreveu na Guarda Costeira dos EUA, logo após terminar o colégio. Assim estaria no lugar que considerava a sua casa: o mar. Como membro da Guarda Costeira, ela conheceu alguns dos maiores portos do mundo, e viajou para diversos lugares, alimentando sua paixão pelo mundo. “Tive muita sorte em viajar. Os trabalhos de mergulho me trouxeram para o Caribe, Havaí, Turks e Caicos, Papua Nova Guiné e muito mais.” Disse Mueller.
Com o passar do tempo, o amor pelo mergulho foi tomando conta de Brandi e ela resolveu dar aulas de mergulho, enquanto ao mesmo tempo aprendia a pilotar barcos, para poder desbravar ainda mais os oceanos. “Eu trilhei meu caminho até Divemaster na faculdade e me tornei uma instrutora de mergulho logo depois de me formar. Trabalhar em barcos enquanto instrui e orienta, aprender a ser capitã simplesmente aconteceu na progressão”, ela informou. Contudo, mesmo tendo essas experiências incríveis nada poderia ter preparado Brandi para o que ela encontraria.
Uma fotógrafa incrível
Se o amor pelo mergulho pareceu vir do nada, uma vez que ninguém mais da família desenvolvia a atividade. O amor pela fotografia veio de seus pais. Quando chegou na adolescência Brandi começou a se apaixonar pelo HobPor, e a usar a câmera de seus pais para fotografar as belezas da natureza, e foi então que seus pais perceberam que ela tinha “um bom olhar” para fotografias. Brandi então percebeu que poderia combinar suas duas paixões, e isso a tornou uma lenda entre os fotógrafos da natureza.
Sua carreira deslanchou e Brandi acumulou premiações elogios, inclusive de gigantes do mercado como a National Geographic e a Smithsonian. Entretanto, apesar de se considerar sortuda por estar entre aquelas pessoas que amam o que fazem, Mueller ainda mantinha o desejo de descobrir algo incrível que marcaria a sua vida e a de outras pessoas.
Muitos mergulhos incríveis
Mueller só tem a agradecer pelos lugares incríveis que conheceu através do mergulho, ao ser questionada ela disse que por adorar mergulhos em naufrágios a localidade de Chuuk, na Micronésia (anteriormente conhecida como Truk Lagoon), era uma de suas experiências mais satisfatórias, pois lá foi o local da Segunda Guerra Mundial em que mais ficaram navios naufragados, bem como outros artefatos de grande valor histórico. Com o passar do tempo as águas propicias da Micronésia tornaram esses navios local de nascimento de uma grande variedade de corais e a casa de muitos peixes. Com certeza deve ser um lugar lindo de ver.
Mas ao contrário do que muitos podem começar a pensar, a verdadeira e grandiosa descoberta de Brandi não aconteceu nesses locais de mergulho comuns. E foi acidentalmente, enquanto estava distante dos locais de férias padrão, mas como dizem há coisas na vida que acontecem por acaso.
Um tempo de folga
Depois de seu tempo de serviço bem cumprido na Guarda Costeira, por quase uma década Mueller, agora já com 31 anos, decidiu sair em merecidas férias, para curtir um descanso. Ao invés de ir visitar os destinos paradisíacos populares, ela decidiu voltar para um lugar que só tinha visto uma vez: as Ilhas Marshall. Esse local paradisíaco é localizado entre o Havaí e as Filipinas, e é surreal de tão bonito, não é a toa que atraiu a atenção de Brandi.
Ao chegar nas Ilhas Marshall, Brandi e seu amigo fizeram todos os mergulhos comuns, conhecidos por todos. Após alguns dias decidiram desbravar um local novo, pouco conhecido a cinco milhas da ilha de Roi-Namu. E foi lá que encontraram uma surpresa emocionante…
Onde poucos mergulharam antes
Para quem não conhece as Ilhas Marshall é um lugar muito belo, principalmente para mergulhadores que podem desfrutar de belezas naturais pouco vistas antes. São vários os tipos de corais e outros seres que é possível encontrar debaixo d’água, os recifes dão uma aparência surreal ao local, bem como alguns restos de naufrágios. O local inteiro é de uma beleza surrealista e vale a pena a visita, caso você tenha se interessado.
Ao dar início ao mergulho, tudo parecia normal. Apenas mais um local, entre os tantos que Mueller já havia visto, mas passado algum tempo ela notou uma forma estranha e maciça aparecer na água azul. Obviamente intrigada chegou mais perto para descobrir o que era…
Algo estranho nas profundezas
Ao sentir algo estranho na forma maciça abaixo dela, o primeiro sentimento de Mueller foi o de terror. Afinal, por mais experiente que seja, ninguém consegue deixar de pensar nessas horas nos filmes como Anaconda, Tubarão e tantos outros, mas por fim a curiosidade venceu o medo e ela resolveu olhar melhor o que acabaria sendo sua grande descoberta. Afinal, para descobrir grandes coisas é preciso coragem não é mesmo, mas será que todos nós seriámos tão corajosos quanto Mueller?
Quando chegou mais perto, ela percebeu que o objeto estranho na verdade era compublicaro por grandes tubos de metal, e foi aí que sua curiosidade aguçou mais ainda. Seria essa a grande descoberta de sua vida?
Olhando mais de perto
Com a excitação do momento e da grande descoberta, Mueller chegou a esquecer de pegar sua câmera para registrar todo o momento, mas passado a adrenalina inicial Brandi já estava com sua câmera à publicaros, e essa é uma das primeiras fotos registradas da sua grande descoberta. Imagine a felicidade dela nesse momento.
Ao se aproximar ainda mais, ela percebeu que os tubos e partes de metal, na verdade compunham algo maior, e ainda mais surpreendente! E ainda, as partes de metais parecia conter emblemas coloridos pintadas nela. Isso foi a parte que faltava para Brandi se dar conta da grande descoberta que havia feito. E ela não podia acreditar!
Uma descoberta surreal
Quando olhou ainda mais de perto, Brandi percebeu que na verdade a sua descoberta se tratava de um avião, e não qualquer avião, mas um muito antigo. Mas quanto tempo tinha aquele avião? E a pergunta principal, como aquele avião foi parar ali? Ao pensar essas coisas, Brandi se deu conta de que estava diante de uma descoberta histórica incrível, e mal podia conter a excitação para saber toda a história daquele objeto.
O sentimento de que estava diante de uma descoberta surreal não deixava Mueller, aquela coceira para descobrir tudo que podia sobre o objeto a incomodava enquanto ela dava uma olhada melhor no avião. Mas, mal sabia ela que as descobertas dela não parariam por aí…
Um cemitério de 70 anos?
Enquanto buscava ver se encontrava mais informações, outra forma surgiu nas vistas de Brandi. O que poderia ser? Ela descobriu que se tratava de outro avião! Imagine a surpresa de Mueller, de encontrar não só um, mas dois aviões perdidos no fundo do mar. Nem em seus maiores sonhos de encontrar um naufrágio ela imaginou encontrar dois detritos de aviões. Mas a história em volta dos objetos ainda permanecia escondida…
Já imaginando que essa era uma descoberta totalmente nova, Brandi não podia se conter de excitação. “Eles [agora] o chamam de Cemitério de Aviões”, disse ela mais tarde em uma entrevista ao MailOnline. Afinal, já era surpreendente ela de fato ter encontrado uma descoberta surpreendente, mas encontrar não apenas um, mas dois aviões tornou tudo ainda mais surreal.