Aviões submersos
O local de Kwajalein Atoll, onde está o Cemitério de Aviões, é o local de descanso de uma grande concentração de naufrágios japoneses e americanos da Segunda Guerra Mundial, incluindo mais de 25 navios e mais de 160 aviões. Os aviões que Mueller encontrou incluíam um F4U Corsair, que pousou em sua hélice com as asas na areia e permaneceu em pé por anos, como visto abaixo.
Durante seu mergulho, Mueller capturou outras aeronaves aliadas, incluindo Helldivers, B-25 Mitchell, Curtiss C-46 Commando e F4F Wildcats. O cemitério de aviões também é o lar do histórico bombardeiro de mergulho Douglas SBD Dauntless, uma aeronave que se pensava ter perdido no tempo!
Uma vida aquática
Em uma aeronave B-25 Mitchell, um bombardeiro médio bimotor, Brandi captou centenas de peixes, além de uma vida marinha diversificada. Dando uma vida a uma embarcação morta feita pelo homem. Essa é uma das fotos de Brandi que nos presenteia com uma bela imagem e uma sensação de esperança.
Ver essas imagens é como uma espécie de tributo a algo que exigiu inúmeras vidas como a guerra. “Ver como pode pegar grandes pedaços de metal e aumentar a vida desse metal é incrível”, disse Mueller mais tarde. “A Segunda Guerra Mundial foi a guerra mais mortal da história, e gosto de pensar na vida marinha decorando os túmulos de pessoas que deram o maior sacrifício por seu país.” A imagem realmente traz uma sensação de esperança, mesmo em meio ao caos…
O Douglas SBD
Alguns dos destroços encontrados por Mueller, eram de fato objetos incríveis como o o Douglas SBD Dauntless, que só foi fabricado por quatro anos, de 1940 a 1944. Para quem não sabe, o avião era famoso por desferir os golpes fatais para os porta-aviões japoneses no Batalha de Midway em junho de 1942 – uma das batalhas mais decisivas da Segunda Guerra Mundial. Muitos entusiastas da aviação dariam tudo para ver essa embarcação, e por muitos anos passaram procurando-a.
No início dos anos 1940, o Dauntless foi substituído pelo Curtiss SB2C Helldiver, então foi simplesmente deixado no oceano. Enquanto isso, o Helldiver era um avião maior e mais rápido, embora atrasos na produção levassem as tropas britânicas e australianas a cancelar pedidos substanciais.
A três metros de distância
Uma das coisas surpreendentes da descoberta é que as embarcações estavam a apenas alguns metros de distância uma das outras, mas não em cima ou perto demais. E mais ainda, o quão preservadas elas se mantiveram mesmo depois de tanto tempo.
Devido a sua grande capacidade como fotógrafa Mueller foi capaz de captar diversas facetas da descoberta, com imagens de várias partes dos objetos tiradas de diferentes ângulos. O que ajudou bastante os historiadores que ainda não estavam dispublicaros a mergulhar para encontrar descobertas, bem como privilegiou a todos com belas imagens da vida marinha que tomou conta do objeto.
Alguns aviões destruíram
Nem todos os aviões se manteram completamente intactos, acabaram se quebrando na queda ou com o tempo. Mas dos 150 aviões descobertos por Brandi, apenas poucos estavam destruídos e mesmo assim, foram capazes de serem identificados pelos especialistas.
Se você está surpreso com a descoberta de equipamentos militares tão caros submersos, saiba que a descoberta das Ilhas Marshall não é a primeira em que militares dos EUA deixam para trás alguns milhares de dólares. Isso é mais frequente do que podemos imaginar, e os lugares são bem estranhos…
Custos da guerra
Guerras são caras, mas quão caras podem ser? Para se ter uma ideia em 1945, os Estados Unidos gastaram cerca de US$ 347 bilhões durante a Segunda Guerra Mundial, o que valeria dez vezes mais do que o dinheiro de hoje! Ou seja, as guerras custam muito aos bolsos dos contribuintes e ver esses custos jogados no fundo do mar, teria revoltado muito gente, não é à toa que o governo manteve isso em total segredo e tentou localizar por anos, o exato local de desova dos objetos.
Quando Brandi descobriu a localização dessas embarcações e compartilhou com a população no geral, as Ilhas Marshall se tornaram uma atração turística muito bem visitada. Várias pessoas queriam ir até o local ver o Cemitério dos Aviões. O turismo em alta trouxe uma renda muito boa para a população do local, que precisava mesmo de uma alavancada.
Cemitério de Aviões
Brandi então decidiu compilar todas as imagens que tirou da sua descoberta submersa e publicá-las em um livro contando sobre os esquecidos aviões americanos da Segunda Guerra Mundial em um livro intitulado The Airplane Graveyard: The Forgotten WWII Warbirds of Kwajalein Atoll. Mueller que recebeu alguns prêmios, ofertou aos leitores a possibilidade de descobrir as histórias dessas aeronaves históricas, seu papel no Pacific Theatre da Segunda Guerra Mundial e mais sobre como eles acabaram no fundo do oceano.
Brandi continua levando pessoas ao fundo do mar para saber mais sobre a sua descoberta aterradora, bem como para ver os modelos como o Douglas SBD Dauntless, Vought F4U Corsair, Curtiss SB2C Helldiver, C-46 Commando, entre outros. “Talvez o oceano tenha algo a nos dizer sobre a guerra”, disse Mueller mais tarde. Mas, acredite se quiser Brandi não foi a única a descobrir algo surreal no oceano…
Uma expedição de mergulho
Em 13 de maio de 2014, uma equipe de mergulho do departamento de Ecologia Marinha da Simon Fraser University em British Columbia, Canadá se preparava para mergulhar em águas profundas simplesmente para pesquisar os padrões de comportamento de algumas espécies marinhas, mas o que encontrariam, deixaria todos chocados…
A ideia original era mergulhar tirar algumas fotos para acompanhamento, uma rotina normal. Mas ao saírem na expedição, mal sabia eles o que o destino os reservava.
Um mergulho profundo
O propósito específico da equipe era mergulhar no frio, para poder estudar as variações das estrelas-do-mar em diferentes temperaturas. Com o mergulho em grupo eles esperavam registrar as mudanças e depois armazenar as imagens como objeto de estudos.
Quando mergulharam nas águas profundas, imaginando capturar as imagens das estrelas-do-mar, os mergulhadores se depararam com algo estranho, o que os chamou a atenção. Como não eram capazes de identificar o objeto daquele distância mergulharam ainda mais perto para ver melhor, determinados a obter uma respublicara sobre aquele mistério. Após a inspeção inicial, dois mergulhadores descobriram algo em que não podiam acreditar…
Grande descoberta
Beau Doherty, à esquerda, Tella Osler, à direita, foram os alunos da Simon Fraser University a notar algo um tanto estranho no fundo do mar. Os dois perceberam logo de cara que aquele objeto não pertencia ao fundo do mar e decidiram olhar mais de perto o que era e se certificarem de que não se tratava de algum lixo, mas sim de uma descoberta.
Quando se aproximou do objeto Beau percebeu que não se tratava de lixo, pois tinha bordas duras, uma espécie de pulseira de couro ondulava na água, e logo uma lente redonda apareceu. Surpreso por encontrar o objeto o jovem pegou-o, e apesar do efeito do oceano nele, ele logo reconheceu que se tratava de uma câmera. Agora imagine como esse objeto foi para ali!
Quem é o dono?
Depois de encontrar o objeto estranho no local, Doherty o guardou na sua bolsa e continuou a expedição de mergulho, mas não pôde deixar de ficar se perguntando a quem pertencia o objeto, como ele havia ido parar ali, quanto tempo estava ali embaixo?
“Um deles o pegou, colocou no bolso e continuou contando as estrelas do mar”, relembrou a professora Isabelle Cote, líder da equipe, sobre a fatídica descoberta. “Quando eles voltaram do mergulho, ele disse: ‘Olha o que eu encontrei.'” Não é para menos, afinal quem não iria querer saber tudo o que era possível sobre aquele objeto incomum a vida oceânica?
E você já encontrou algo estranho no fundo do mar?
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